Meio Ambiente
Neste trabalho, quero acentuar a relação do homem com a biosfera, o conjunto de todos os ecossistemas da terra, e a grande responsabilidade que ele tem de preservá-la.
Na primeira parte vou falar um pouco da historia do nosso planeta azul e a formação e evolução da biosfera até os dias de hoje.
O planeta terra se formou de neblina e poeira cósmica que estava em volta do sol, há uns quatro e meio bilhões de anos.
Juntamente formaram-se os outros oito planetas do sistema solar. A jovem terra era um mundo muito tumultuado e a queda de inúmeros de asteróides influiu de uma maneira drástica a sua superfície.
Acredita-se que um impacto de um astro do tamanho do planeta Marte formou a Lua.
Foi também bombardeada por cometas que formaram os oceanos com o gelo que estes forneceram. Em seguido, o mundo começou a resfriar e formou se água liquida e uma camada de gases, a atmosfera.
O inicio da fotossíntese resultou na presença de oxigênio na atmosfera e a formação de uma camada de ozônio, protetora contra os raios ultravioletas nocivas.
Assim as condições para a instalação da vida foram estabelecidas e uns três e meio bilhões de anos atrás, resultado de processos químicos na biosfera, apareceu o ancestral de toda a vida.
Até hoje a terra é o único lugar conhecido no universo aonde existe vida. Os cientistas acreditam que a formação de uma biosfera é algo extremamente raro embora possa existir também em outras planetas neste imenso universo.
A vida evoluiu e também foi por várias vezes extinta e reapareceu de outra forma.Provavelmente pelos impactos de meteoritos ou atividade vulcânica.
A última ocorreu há 65 milhões de anos e resultou que os dinossauros desapareceram da superfície da terra.
Nos últimos 65 milhões de anos, a vida mamífera se diversificou até, uns três milhões de anos atrás, um pequeno macaco africano ganhou a habilidade de ficar em pé.
Com o crescimento do cérebro estes hominídeos conseguiram desenvolver ferramentas e criaram uma língua como meio de comunicação.
O inicio da agricultura organizada e as civilizações permitiram os humanos povoar a terra dentro de um intervalo de tempo que nenhuma outra forma de vida conseguiu.
O homem é a única forma de vida que escapou do mecanismo que equilibra e controla a quantidade numérica das espécies, pois ele não tem inimigo natural. Talvez seja ele mesmo.
Com suas atividades, ele afeta seu ambiente, a quantidade de outras formas de vida e até influi no clima global.
A causa mais provável da destruição da terra acontecerá quando o sol, ao final da sua vida vai se tornar um chamado gigante vermelho assim expandir e alcançar um tamanho que vai além da órbita do planeta Marte.
Este fenômeno deverá acontecer daqui há cinco bilhões de anos. Podemos então concluir que a terra nem alcançou a metade da sua provável existência.
Isto é insignificante, pois a mais importante preocupação é quanto tempo o homem vai conseguir sobreviver, continuando explorar a terra como faz hoje em dia!
A terra é uma fonte de riqueza.
Na crosta terrestre se encontram grandes depósitos de combustíveis fósseis, como carvão mineral, petróleo, gás natural como também diferentes metais e outros minerais úteis. Alguns destes recursos são chamados de não renováveis porque a velocidade de formação pode ser considerada zero em comparação à velocidade com que o homem os explora.Obviamente, eles tendem acabar em pouco tempo.
É a biosfera que produz produtos biológicos como alimentos, madeira, remédios, oxigênio, e recicla muitos resíduos orgânicos como o tão importante gás carbônico. Estes complexos mecanismos funcionaram durante milhões e milhões de anos em perfeito equilíbrio entre a terra, a água e a atmosfera assim garantindo a continuação da vida.
É na revolução industrial, apenas duzentos anos atrás, que o homem construiu máquinas e começou explorar em larga escala os recursos naturais sem se preocupar com os impactos que isto provocou ao meio ambiente.
A auto-condenação para conseguir crescimento econômico, e assim lucrando, acompanhado pela expansão demográfica necessitava cada vez mais recursos e energia.
A indústria produziu em massa sem dar atenção nenhuma para os resíduos que gerou.
Eles foram simplesmente devolvidos, sem tratamento, na biosfera.
Na década de 50 começaram aparecer os primeiros sinais de degradação ambiental.
Na década de 60, surgiram movimentos ambientais importantes para criar a regulamentação futura.
Em 1968 foi fundado o “Clube de Roma”, que diagnosticou os recursos terrestres e publicou em 1972 seu relatório: “Limits to Growth” ou Os Limites do crescimento.
Neste relatório colocou-se a proposta alarmante de congelar o crescimento econômico como única solução para evitar que o aumento dos impactos ambientais levasse o mundo a uma tragédia ecológica.
O relatório “Limites do crescimento” apresentou dados catastróficos caso fossem mantidos os padrões de consumo vigentes da sociedade.
Apesar da idéia de um crescimento zero ser absurda na época, chamou a atenção para a devastação do meio ambiente como conseqüência do crescimento econômico.
Na década de 80 foram criadas leis específicas para instalação e controle de emissões gasosas, liquidas e sólidas das industrias. No Brasil foi criado o IBAMA.
Na década de 90 a consciência ambiental se consolidou. Surge o primeiro painel inter-governamental sobre mudanças climáticas com obtenção do primeiro relatório sobre o efeito estufa.
Em 1997 criou-se o Protocolo de Quioto no Japão. O homem aprendeu que a principal causa das mudanças climáticas pelos quais passa o planeta é o aumento da concentração de gases que provocam o efeito estufa.
São o dióxido de carbono ou gás carbônico e o gás metano.
O primeiro é resultado de qualquer queima.
O segundo, principal componente do gás natural se forma durante a decomposição de material orgânico.
O protocolo de Quioto tem como objetivo limitar a emissão de gás carbônico para cada pais.Caso um país não consegue atender sua obrigação, deve pagar Créditos carbono, ou realizar projetos ambientais em outros paises que atendem sua obrigação.
Importante é mencionar que, ironicamente, os maiores emissores se recusaram assinar este protocolo.
Hoje sabemos se a economia crescer em torno de três por cento ao ano. Valor já atingido calcula-se que no ano 2050 não haverá mais recursos naturais!
A expansão demográfica que se tornou uma explosão demográfica, resultará que neste ano a população mundial será de 9,1 bilhões de habitantes, quase atingindo o limite suportável no planeta. Atualmente estamos em 6,5 bilhões de habitantes.
Um cenário assustador está se anunciando e ao mesmo tempo surge um grande desafio par o homem de controlar estas ameaças
De toda este evolução histórica podemos concluir que os recursos naturais que a terra criou em milhões de anos, o homem os está devorando em umas centenas de anos. Ao mesmo tempo devolve à natureza substancias tóxicas.E pior, ele está colocando a sobrevivência das futuras gerações em perigo.
Chegamos então nos dias de hoje, 34 anos após “Os Limites do Crescimento” e inevitavelmente surgem as perguntas: Será que o homem consegue ainda controlar esta evolução assustadora ou será que o desequilíbrio da biosfera já desenvolveu uma dinâmica própria que em curto prazo não tem mais controle?
Estamos indo para a anunciada catástrofe ecológica?
Para achar uma resposta, na segunda parte deste trabalho vamos avaliar a atual situação da biosfera e ver de que maneiras ela está sendo poluída.
Antes preciso esclarecer que qualquer atividade do homem gera um impacto ambiental que não gera necessariamente poluição.
A madeira que utilizei para construir minha casa causou um impacto ambiental quando foi extraído da floresta. Más ela não está poluindo nada mais.
Poluição acontece quando há uma degradação da qualidade ambiental. Quando há criação de condições adversas às atividades sociais e econômicas.Quando afeta desfavoravelmente a biota. Quando as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente foram afetadas ou quando foram lançados materiais ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidas.
Assim podemos separar a poluição da biosfera em poluição da água, da terra e da atmosfera.
Elementos que cada iniciante maçom conhece muito bem.
Como este três elementos estão interligados e formam um equilíbrio, a poluição de um dos três também sempre interfere nos outros resultando em um desequilibro ambiental.
Começamos com o recurso água.
Setenta e um por cento da superfície da terá esta coberta com água. Uma quantidade gigantesca de 1,4 bilhões de quilômetros cúbicos. É além da nossa imaginação.
95% desta água se encontram nos oceanos em forma de água salgada. Correntezas oceânicas contribuem para equalizar a temperatura na terra.O restante 5 % existe em forma de água doce achada nos rios e lagos, em forma de neve e gelo e a maior parte se acumulou em reservatórios subterrâneos formado durante milhares de anos.
Deus foi muito generoso com o Brasil, pois Brasil é o maior proprietário mundial de água doce. Possui 20% da água potável disponível na terra nas bacias Amazonas, São Francisco, Paraná e Paraguai e dois terços do aqüífero Guarani.
A agricultura é que mais consome água sendo 69 % do consumo total. A indústria gasta 23% e o uso doméstico responde por 8%.Logo vemos que a melhor oportunidade do Brasil é exportar produtos agrícolas.
A água esta sendo poluída com esgotos não tratados, com agrotóxicos e pelas indústrias.
As principais são: papel e celulose, refinarias de petróleo, usinas de álcool e açúcar, siderurgia e metalurgias e químicas.
Constatamos que enquanto a quantidade total da água na terra fica inalterada, faltará cada vez mais água potável.
Muitos aqüíferos já foram esvaziados, pois a água é bombeada bem mais rápida do que a natureza consegue a repor.
Severos racionamentos de água serão uma dura realidade para muitos. Um exemplo.Neste mês, começou na Inglaterra um racionamento que atinge 1,2 milhões de pessoas devida à seca que atinge o país.E quem imaginou uma seca na bacia Amazônica? Aconteceu ano passado!
Não podemos excluir a possibilidade que futuros conflitos vão acontecer por motivo de falta de água doce.
Seguimos pelo recurso Terra.
Os 30% da superfície do planeta, a terra seca, possui montanhas, desertos, planos, calotas de gelo etc.
Atualmente, quarenta por cento desta é usada para a agricultura e para o pasto.
Os solos sofrem alterações pelo despejo de poluentes nos sistemas aquáticas e pela disposição superficial de resíduos, tais como compostos tóxicos e lixos oriundos das atividades urbanas.
Uma das fontes de poluição mais agressivas às águas subterrâneas é a produzida pela percolação de resíduos colocados em solos permeáveis. Por exemplo, depósitos de resíduos químicos sólidos ou líquidos.Isto aconteceu em Queimados uns 20 anos atrás e contaminou o lençol freático da cidade.
O aqüífero Guarani corre grande risco de ser contaminado desta maneira.
Outro fenômeno que chama cada vez mais atenção é o crescimento de desertificação, provocada pelo desmatamento descontrolado e o mau uso da terra para a agricultura.
Outro desafio para resolver este problema ambiental humano antes que seja tarde demais.
Continuamos analisar o recurso da atmosfera.
Observada do espaço, a atmosfera terrestre parece como uma fina camada gasosa em volta do planeta.
Ela tem funções importantes para a existência da vida. Ela permite o ciclo da água, absorve a maioria dos raios cósmicos, filtra radiação ultravioleta incompatível com a vida, e mantém o equilíbrio térmico na terra.E é esta camada fina que sofre o mais com a interferência do homem.
A poluição do ar é caracterizada, em determinada região, se a concentração de qualquer substancia considerada poluente, ultrapassa um valor crítico, suficiente para que seja nocivo aos seres vivos ou materiais.
O homem dispersa os mais diversos poluentes diretamente na atmosfera, estes são chamados poluentes primários. Estes sofrem transformações cujos produtos formados são geralmente poluentes, classificados como poluentes secundários.
As conseqüências do desequilíbrio na atmosfera são serias e podem se manifestar num futuro bem próximo.
Quem não ouviu falar do efeito estufa, o buraco na camada de ozônio, a chuva acida, ou do smog fotoquímico que causa doenças pulmonares, danos aos vegetais e redução de visibilidade? São noticias diárias na mídia.
Vale a pena explicar um pouco mais sobre o efeito estufa, pois este fenômeno pode mudar drasticamente o clima do planeta.
A terra recebe durante o dia energia de uma única fonte, o sol, em forma de radiação. Também perde energia para o espaço durante a noite.
A atmosfera terrestre controla através da presença do gás carbônico o equilíbrio energético.
Ganha e perde exatamente as mesmas quantidades de energia e assim a temperatura média do planeta fica inalterada.
A concentração do gás carbônico na atmosfera é regulada pela vegetação que usa a fotossíntese para fixá-lo e o transformar em oxigênio. Por isto, a vegetação é chamada de purificador de ar.Também os oceanos fixam grandes quantidades do gás porque é parcialmente solúvel em água e serve para formar conchas e estruturas de corais.
Cada vez que na terra a temperatura media baixou ou aumentou, os cientistas conseguiram provar que a causa foi nas variações da concentração de gás carbônico.
Atualmente, quantidades gigantes deste gás são dissipadas na atmosfera. Calcula-se em duas vezes mais do que toda a vegetação do planeta consegue retirar.
A concentração na atmosfera quase dobrou desde a revolução industrial e continua subindo.
Logo a terra recebe mais energia do que consegue perder e a temperatura média está subindo.
A causa da emissão descontrolada é sem duvida a queima dos reservas não renováveis de carvão mineral, petróleo e gás natural para cobrir as necessidades energéticas do homem.
Para ter uma idéia da quantidade diária de petróleo queimada, basta imaginar a linha do equador coberta de tambores de 200 litros de petróleo, um ao lado do outro.
Esta quantidade de 16 bilhões de litros transforma se em gás carbônico. Isto durante décadas e décadas.
Sobre este tema, inúmeros estudos estão sendo feitos e todos os relatórios que geram indicam fatos assustadores.
O clima mundial está mudando bem mais rápido que pensamos. As três maiores calotas de gelo a da Groenlândia, da Alaska e da Antártica, que são uma grande reserva de água doce, estão derretendo simultaneamente.
A água resultante deste processo acabará nos oceanos aumentando aos poucos o nível.
Se nada para o derretimento, e tudo indica o contrário, o nível dos oceanos pode aumentar 6 metros até o final deste século. Muita terra habitada e cultivada, ilhas e cidades do litoral vão desaparecer em baixo da água.
As correntezas oceânicas mudarão de direção levando o clima mundial às extremidades e cada vez mais destrutivo. Enfim, a catástrofe ecológica está se aproximando.
Meus Irmãos, considerando todos estes fatos e prognósticos, podemos concluir que nos estamos comprometendo seriamente a sobrevivência das futuras gerações.
Nossa responsabilidade nos obriga de fazer algo.
Proteger a biosfera é algo igual para todos, independente da nacionalidade. Os fatos exigem uma sinergia de todos os governos da terra sem exceção.Políticas ambientais globais precisam ser criadas.Deve-se inventar fontes de energia limpas, reciclar o que for possível, educar, controlar a índice de natalidade, racionalizar a agricultura, diminuir o uso de agrotóxicos enfim criar um desenvolvimento sustentável.
E por mais racional isto parece, existem muitas pessoas que, por puros interesses econômicos, vão argumentar para fazer nada e deixar tudo como está.
Uns exemplos:
O maior poluidor do mundo, os Estados Unidos que com 5% da população mundial respondem por 25% da emissão de gás carbônico. Uma relação muita doente.
São os mesmos que recusam assinar o protocolo de Quioto!
Paises como Índia e China apenas começaram crescer economicamente, e mostram nenhum interesse em proteger a biosfera.
Meus Irmãos, como isto vai evoluir? Não sei responder hoje.
Sei que, como maçom, estou preocupado e me responsabilizo fazendo minha parte em criar um mundo melhor. Faço minha parte em educar e conscientizar.
Sei também que nosso planeta vai girar ainda por muito tempo em volta do sol. Se vai ser com ou sem a presença do homem vai depender da sua responsabilidade com qual cuidará do presente que deus o presenteou.
Ir :. Johan Michel Corneel Duthoo